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Now what?

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25
Jan18

Livro do momento: "Duas mulheres, dois destinos"

Pipa

Desde que me lembro que sou apaixonada por livros. Adoro o cheiro dos livros, a paz e calma que sinto quando leio um livro, a capacidade de criar um filme dentro da minha cabeça que só eu posso ver. É algo que me fascina, que me acalma. É um vício, totalmente e sem sombra de dúvidas um vício. Gosto muito de, quando me deito, tirar 10 ou 15 minutos para pegar num livro e ler um capítulo ou dois. É assim que uma espécie de meditação antes de ir dormir.

 

A minha autora preferida é a Lesley Pearse. Confesso que (acho que) já li todos os livros dela e estou sempre a ir à Fnac ou ao Continente ver se já saiu um novo. O último que comprei e li foi o "Duas mulheres, dois destinos", que começa na primavera de 1935, mais ou menos entre o fim da 1ª Guerra Mundial e o início da 2ª Guerra Mundial. Conta a história de duas raparigas londrinas, Ruby e Verity, que vivem vidas completamente distintas, nascidas em classes sociais opostas, que criam uma relação muito forte de amizade e lealdade. Antes destes post, escrevi um sobre as razões que me levam a adorar Lesley Pearse e, nesse post, referi a localização temporal das suas histórias e as referências a momentos da HIstória muito marcantes. Esta obra não é exceção, pelo que se pode ler várias referências ao início da 2ª Guerra Mundial, aos bombardeamentos, como Inglaterra se preparou para a guerra, o Blackout e a influência de Churchill nestes momentos. 

 

Não me vou alongar mais sobre a história, se há coisa que detesto é ler um comentário/publicação e ter lá o desenvolvimento e conclusão da história. Gosto de pegar no livro e ir à aventura sem saber o que vai acontecer no fim. Por isso, vou falar da outra coisa que me fascinou nesta obra: a capa! Todas as capas das obras de Lesley são poderosa e falam por si, mas esta marcou-me. Não sei explicar porquê, mas havia qualquer coisa nesta fotografia que me fez (e ainda faz) ficar a olhá-la durante imenso tempo.

 

1.jpg

 

É lindíssima... 

 

Outro pormenor muito engraçado (se não acham engraçado, não faz mal, não fico triste) e que quero partilhar convosco, é a diferença entre a capa original e a capa da versão traduzida para português.

                                    250x (1).jpgcover.jpg

 

Alguém me sabe explicar o porquê da diferença? O modelo é o mesmo mas o fundo é diferente (num aparece uma casa, noutro uma pessoa), a cor da roupa é diferente, até a posição da cabeça é ligeiramente diferente. Porquê?

 

25
Jan18

5 razões que me levam a adorar Lesley Pearse

Pipa

Sendo a Lesley Pearse a minha escritora favorita, aviso já que é bastante provável que vá falar bastante dela e dos seus livros aqui no blog. Por esse motivo, vou já dar assim as 5 principais razões que me levam a adorar a Lesley Pearse.

 

#1 - A personagem principal é sempre uma mulher

A Lesley viveu uma vida bastante trágica. Perdeu a mãe aos 3 anos enquanto o pai estava em alto-mar. O pai casou novamente e, junto com a madrasta, passaram a ser uma família de acolhimento. Teve uma adolescência e joventude repleta de más escolhas, más companhias, sempre numa demanda por amor e atenção. Foi casada 3 vezes, de onde nasceram 3 filhas, não conseguindo levar nenhum dos casamentos até ao fim. É por este motivo que, nos seus livros, a personagem é sempre uma mulher, que passa pelas maiores dificuldades e privações, tendo sempre um final o mais feliz possível.

 

#2 - Conseguimos entrar na pele das personagens

A sua escrita é incrível e apaixonante, dá ênfase às emoções e sentimentos das personagens, o que faz com que o leitor sinta todas essas emoções. Somos capazes de nos pormos na pele da personagem, de sentir a sua dor, a sua tristeza, a sua angústia, bem como a sua felicidade e harmonia.

 

#3 - Não tem medo de dizer as coisas

Já não há censura em maior parte dos países do mundo, mas mesmo assim os autores continuam a escrever livros politicamente corretos. Não usam certas expressões porque parece mal, não dizem certas palavras porque são palavrões ou são feias, não descrevem certas atitudes e certos gestos porque é rude ou forte ou não é muito bonito. A Lesley não é assim, ela escrever exatamente o que quer escrever, sem problemas, sem impedimentos, sem se travar. Quem não gostar de certas palavras ou expressões, então que ponha corretor por cima do seu próprio e mude, porque ela não se importa com suscetibilidades feridas.

 

#4 - Referências históricas

O que eu mais gosto num livro, seja qual for, é o facto da história se passar num momento histórico. Maior parte dos livros da autora ocorrem na Primeira ou na Segunda Guerra Mundial, mas sempre com perspetivas diferentes. Ao longo das suas obras, ela falou das trincheiras em França, dos bombardeamentos em Londres (e Inglaterra no geral), dos efeitos do pós-guerra nos soldados e famílias, nos feridos, na falta de cuidados médicos em tempo de guerra, e muitas outras situações que eu aprecio nestes livros.

 

#5 - Problemas reais, passados ou futuros

Muito à semelhança das referências históricas, esta escritora fala, em cada um dos livros, de algo que se passou, ou ainda se passa, e chama a atenção para a realidade nua e crua que muitas vezes não vem cá para fora. Estamos a falar da colonização da Austrália, que começou em 1788, com o objetivo de esvaziar as cadeiras de Inglaterra. Estamos a falar dos antigos manicómios e do tratamento deshumano e cruel que davam aos doentes. Estamos a falar também dos lares para crianças orfãs, em que as crianças eram abusadas, espancadas, mal tratadas, usadas como "pedreiros" nas construção de igrejas e casas para os padres. Estamos a falar de um conjunto de realidades que eu própria desconhecia e que passei a conhecer graças a Lesley Pearse. 

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