Dia dos Namorados, que cliché
O dia dos namorados veio e foi, um pouquinho abafado pelo Carnaval. As lojas vestiram-se de vermelho e rosa, as redes sociais inundaram-se de fotos e declarações, restaurantes encheram e, pronto, acabou.
Pessoalmente, adoro o dia dos namorados. Acho que é o dia mais adorável do ano. Tanto coração, chávenas queridas, velas bem cheirosas. Flores por todo o lado, rosa e pétalas. Tanta coisa amorosa e fofinha nas lojas, um bocadinho de coisas marotas também, mesmo a chamar-me para cair no consumismo e gastar todas as minhas poupanças. O mundo veste-se de amor e felicidade, haverá coisa mais bonita do que isso?
Mas sabem o que é que eu realmente gosto de fazer no dia dos namorados? Nada. Isso mesmo, nada.
Não me lembro de alguma ter comprado uma prenda ao meu namorado, ou recebido alguma dele, neste dia. Nunca fomos a um restaurante chique, nunca fizemos uma grande surpresa. Nunca houve flores, balões ou chocolates em forma de coração. Nada. Há sim um jantar ou um almoço, algures, num sítio que nos apeteça, nem que seja no McDonald's. Mais um filme no cinema, uma tarde no bowling ou um passeio por aí. Há isso tudo porque nós gostamos de o fazer, porque gostamos da nossa companhia.
O dia dos namorados, mais do que consumismo e marketing, é um dia que serve para os casais se relembrarem do quanto se amam, do porquê de estarem juntos. Conseguem entender a estupidez da coisa? Precisarem de um dia para se lembrarem que o amor existe? Quando às vezes passam o resto do ano a provar que há tudo menos amor naquela relação? Nossa...
Eu não preciso que ele passe o dia dos namorados comigo para me lembrar que me ama... Eu preciso que ele o faça porque nada me faz mais feliz do que passar tempo com ele, e só isso mostra-me o quanto ele me ama.