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Now what?

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15
Fev18

Dia dos Namorados, que cliché

Pipa

O dia dos namorados veio e foi, um pouquinho abafado pelo Carnaval. As lojas vestiram-se de vermelho e rosa, as redes sociais inundaram-se de fotos e declarações, restaurantes encheram e, pronto, acabou. 

 

Pessoalmente, adoro o dia dos namorados. Acho que é o dia mais adorável do ano. Tanto coração, chávenas queridas, velas bem cheirosas. Flores por todo o lado, rosa e pétalas. Tanta coisa amorosa e fofinha nas lojas, um bocadinho de coisas marotas também, mesmo a chamar-me para cair no consumismo e gastar todas as minhas poupanças. O mundo veste-se de amor e felicidade, haverá coisa mais bonita do que isso? 

 

Mas sabem o que é que eu realmente gosto de fazer no dia dos namorados? Nada. Isso mesmo, nada.

 

Não me lembro de alguma ter comprado uma prenda ao meu namorado, ou recebido alguma dele, neste dia. Nunca fomos a um restaurante chique, nunca fizemos uma grande surpresa. Nunca houve flores, balões ou chocolates em forma de coração. Nada. Há sim um jantar ou um almoço, algures, num sítio que nos apeteça, nem que seja no McDonald's. Mais um filme no cinema, uma tarde no bowling ou um passeio por aí. Há isso tudo porque nós gostamos de o fazer, porque gostamos da nossa companhia.

 

O dia dos namorados, mais do que consumismo e marketing, é um dia que serve para os casais se relembrarem do quanto se amam, do porquê de estarem juntos. Conseguem entender a estupidez da coisa? Precisarem de um dia para se lembrarem que o amor existe? Quando às vezes passam o resto do ano a provar que há tudo menos amor naquela relação? Nossa...

 

Eu não preciso que ele passe o dia dos namorados comigo para me lembrar que me ama... Eu preciso que ele o faça porque nada me faz mais feliz do que passar tempo com ele, e só isso mostra-me o quanto ele me ama.

30
Jan18

Eu sou dele mas ele não é meu dono

Pipa

Recentemente li, numa rede social, uma publicação de uma rapariga que agradecia o facto de estar solteira. Sendo eu uma moça comprometida, esta publicação fez-me comichão. Deu-me vontade de ir falar com a rapariga e de lhe explicar o quão errada ela está. Faz-me realmente muita confusão a quantidade de pessoas, jovens e não só, que acham que estar numa relação é assim com ela descreveu, cheia de regras e justificações. Mas não é! Até vos vou transcrever o que ela escreveu. 

Adoro estar solteira, é das coisas mais libertadoras de sempre. Não tenho que dar justificações, não tenho que obedecer a nenhumas regras, não tenho que estar dependente de alguém. É fantástico e nunca quero mudar de estado.

 

Namoro há 4 anos com aquele que é o amor da minha vida e até considero que temos uma relação bastante saudável. Acho que posso falar por ele também quando digo que nunca me senti presa à relação, nunca me senti sufocada ou qualquer coisa semelhante. Não há qualquer regra entre nós, não há qualquer dependência ou necessidade de justificar seja o que for. Aliás, até vou pôr isto de outra maneira: há dependência e há justificações, mas não são obrigatórias, são naturais. Quando estamos numa relação com alguém, nós somos emocionalmente dependentes da outra pessoa, quer queiramos, quer não. Estamos com alguém porque gostamos desse alguém, porque precisamos desse alguém na nossa vida todos os dias, somos dependentes dessa pessoa de uma forma positiva e saudável. O mesmo se passa em relação às justificações. Não é preciso exigir justificações, isso não é bom, mas numa relação acabamos por justificar na mesma, naturalmente. "Eu vou ao shopping agora comprar isto", "Vou jantar ali com aquela pessoa porque tal", "Vou para casa", "Vou com esta pessoa fazer aquilo", "Cheguei a casa", tudo isso são justificações, tudo isso são maneiras de dizer à outra pessoa onde estamos e o que estamos a fazer, mas de uma forma saudável. Se vocês acham que estar numa relação é estar preso, não ter liberdade, não poder fazer o que quer, ter que dar justificações o que é uma seca, das duas, uma: ou vocês têm uma ideia muito errada do que é estar numa relação, ou vocês têm tido relações muito erradas. 

 

Quando me comprometi com o meu namorado, eu passei a ser dele, mas ele não passou a ser meu dono. Tal como ele agora é meu, mas eu não sou dona dele. Ninguém nesta relação manda mais ou exige mais do que a outra pessoa, somos iguais. Tudo o que acontece é natural, é saudável, é por escolha de ambos, ambos aceitámos esta relação nos moldes em que ela está. Ele não manda em mim e eu não mando nele. Eu saio com os meus amigos e ele sai com os dele, por exemplo. Se dizemos um ao outro com quem estamos e onde vamos? Sim, claro que sim, mas por respeito, por opção, porque é assim que faz sentido para nós. A nossa relação está a ser construída baseada em amor, respeito e lealdade. Nunca exigências ou pressão.

 

Se há vossa relação faltar igualdade, amor, respeito, carinho, compreensão, lealdade... Saiam dela. Cancelem já. Isso não é saudável e só vai ficar pior.

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